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A mostrar mensagens de setembro, 2018

À BOLEIA NAS ESTRADAS...

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As boleias na estrada, nos tempos da recruta... Pelos anos sessenta e setenta do século passado era frequente ver muitos militares à boleia, sobretudo aos fins de semana. Salários baixos, eu (como soldado-cadete) ganhei duzentos escudos quase durante um ano. Ao fim alguns meses fui promovido a aspirante mas só recebi o vencimento adequado mais tarde, com retroactivos.  Há tempos encontrei uma pessoa de Parada , Vila do Conde que me contou este episódio, já por mim olvidado.. .Eis as sua palavras: «Estava em Vilarinho, às três da manhã, com um soldado do meu quartel, à espera de boleia para casa. Um carro parou e deu-nos boleia. Ao chegar a Bagunte pedimos para sair pois íamos para Parada. O condutor, militar da FAP, fez questão de virar à direita e nos levar a casa percorrendo mais alguns quilómetros. Depois voltou para trás para prosseguir viagem. Nunca mais esqueci este gesto». Enfim, vim a saber que o condutor era eu, que na altura estava em Tancos a tirar o curso do H...

O TOMÁS DA BASE AÉREA DA OTA - 1972

VER AQUI UMA ANÁLISE CERTEIRA Por esses tempos andava na Base Aérea da Ota onde toda a gente conhecia o "TOMÁS" e o "NORONHA". não importam os postos o que importa é referir o perfil.  Era óbvio que não criavam simpatias com facilidade pois eram do tipo "cria o medo para impores respeitoª", como o faziam os professores de antigamente. Eu comandava uma coluna de alunos do curso TOCART. Tinha ali sido colocado depois de um rocambolesco episódio cujos contornos nunca consegui deslindar devidamente mas que eram fruto de um clima de opacidade e de intimidação que reinava então. A PIDE DGS tinha roda livre e quem  ousasse dizer algo que era contra o "sistema" era cozinhado em lume brando e lançado às urtigas, tivesse ou não tivesse razão. O regime não tolerava "poetas" ou gente que pensava por si... Um  capitão do quadro permanente numa recruta disse aos soldados cadetes que na Guiné a situação era muito grave e os meios técnicos dos ...