O Natal de antigamente
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O Natal de antigamente... O meu Natal de antigamente Quando era menina não havia Pai Natal nem Árvore de Natal. Armava-se o presépio com chão de musgo rochas de cortiça virgem ervas a valer pedrinhas de verdade e searinhas que se semeavam em pires e latas vazias no dia 8 de Dezembro e eram o pequeno milagre o primeiro a despontar dos grãos de trigo e a crescer todos os dias. As criaturas do presépio eram de compra mas também moldei algumas em barro fresco. Uma vez uma das minhas tias fez casas e igreijinhas de papel e acendemos velas lá dentro. Foi um deslumbramento a luz a sair pelas janelinhas! Mas ardeu tudo de repente. Desde então só a lamparina de azeite continuou a alumiar esse parco mundo pobre. No meu Natal de antigamente havia menos presentes. Os meninos não exigiam esses brinquedos extrabíblicos: computadores, jogos de computadores, cêdêroms, sei lá. Nem o Menino Jesus podia com tanto peso! Sim, porque no meu Natal de antigamente era o Menino Jesus ...